Edição N. 28 - 16/01/2022
Orquestra

Realização FORA DE SÉRIE percursos culturais.

Edição Geral: Tuty Osório

Textos: Antônio Carlos Queiroz, Camilla Osório de Castro, Manuela Marques, Miguel Boaventura, Sarah Coelho, Tuty Osório,  Jô de Paula, Sérgio Pires, Francisco Bento, Renato Lui, Marta Viana, Alim Amina, Lia Raposo, Yvonne Miller, Elimar Pinheiro,

Fotografia: Celso Oliveira, Camilla Osório de Castro, Manuela Marques, Fernando Carvalho

Edição de Fotografia: Manuela Marques 

Projeto Gráfico e Diagramação: Manuela Marques com consultoria de Fernando Brito.

Ilustrações e Quadrinhos: Manuela Marques, Mário Sanders, Alice Bittencourt.

Revisão: Camilla Osório de Castro.

Mídias sociais: Beatriz Lustosa.

Desenvolvimento de Site: Raphael Mirai.

Música: Maurício Venâncio Pires, Alex Silva, Caio Magalhães, Manuela Marques

 
ALVORADA

SAUDADES DE ITAPOÃ

Os Anos Inocentes sempre voltam para nos resgatar do desespero. Para nossa salvação. Praia de vento leve nas palmeiras, não é só coisa de música. Aos 15, 16, 17, foi lá que aprendi uma sensualidade sobre a qual a Bahia é rainha e griô. A areia branca da lagoa do Abaeté também é de verdade. Como o prateado da cabeleira de Caetano aos quase 80. Belchior que é gente que jamais deveria morrer. Como o nosso Coração Selvagem que tem pressa de viver. 

Começa agora mais um Domingo à NOITE em 2022! 

LAREIRAS MÁGICAS- sobre cinema e outras lanternas

HILDA E O REI DA MONTANHA: UMA HISTÓRIA DE ALTERIDADE

por Camilla Osório de Castro

Hilda é uma animação infantil baseada na obra do artista gráfico Luke Pearson. Com duas temporadas disponíveis na Netflix, o filme “Hilda e o Rei da Montanha” é uma continuação imediata dos acontecimentos da segunda temporada. É possível, no entanto, compreender a história sem ter assistido ao seriado.

 

Inspirado na mitologia escandinava, o universo do filme apresenta-nos uma cidade construída ao lado de uma montanha habitada por Trolls. Os Trolls são criaturas que em contato com a luz solar transformam-se em pedras e à noite são gigantes “monstruosos”.

 

A aventura de Hilda inicia quando ela acorda e vê-se transformada em um Troll. Seu objetivo na jornada é voltar à forma humana. Enquanto a procuram, seus amigos e família têm de lidar com uma onda de ódio contra Trolls promovida pelo chefe de polícia da cidade, que espalha boatos sobre estes seres serem devoradores de carne humana.

 

Convivendo com os Trolls, Hilda descobre que o medo que a cidade sente deles vem do medo do “outro”, aquele que é diferente de mim e dos meus. Ao viver no corpo de um Troll, eles passam a ser também “os seus” e isso muda tudo.

 

Na ludicidade de uma narrativa voltada ao público infantil, Hilda e o Rei da Montanha lança uma reflexão importante acerca do contato entre diferentes culturas, disputas por territórios e políticas públicas de migração. Ao final temos uma forte mensagem em defesa da alteridade como o único caminho possível.

 

Por fim, vale comentar a qualidade do filme como obra de arte. Desde o traço dos personagens até a estrutura narrativa sem perder o tom necessário para conectar-se com as crianças.

 

 

 

TRILHA:

 

Hilda e o Rei da Montanha, Andy Coyle, 2021 – disponível na Netflix

CONTO

Mother and Daugther

por Tuty Osório

Cat Stevens, Tea for the Tillerman

– Mãe, essa música é do teu tempo?

-Não tem essa de meu tempo, teu tempo. Todos os tempos são tempos, filha. Meu tempo é hoje, é agora.

– Você entendeu, mãe. Digo da tua juventude. Não vai ficar chateada de eu falar da tua juventude como sendo do passado…

-Eu hein, filha! Tô nem aí pra isso! Que música é, mesmo?

-Wild World. Cat Stevens.

-Ah! Amo! Mas não é do meu tempo. É do tempo da tua tia e do teu tio. Mais velhos, portanto. Década de 70. Eu era criança. Mas lembro demais! E curti muito, até mais tarde… Gozado você conhecer essas coisas antigas…

-Como diz você, não tem época, né? Ele é incrível! E fofo!

-Chamam isso de clássico. Mas nem sei mais, porque as palavras são armadilhas hoje em dia. Acho que sempre foram mas a gente não tinha consciência. Como poderíamos definir Cat Stevens, vindo lá dos anos 70 conquistar uma adolescente nos tempos mais hard e dark que já existiram!! Tem muita graça, isso!!

– Mãe, a idade média foi muito mais pesada e muito mais escura. Só que não havia espaço, liberdade, as mulheres não existiam como seres autônomos, foi aí que começou a invisibilidade das bruxas, você mesma estudou isso comigo…

Lá vem você me cobrar coerência!

TRILHA

Conversa com Bial | Cat Stevens | Programa Completo

 

 

Father and Son,(música) por Cat Stevens, no Youtube Music  

HISTÓRIAS DE HISTÓRIAS

ESTAR PRONTO É TUDO

Por Lia Raposo

 

“ATO I

Cena I

Elsinor – Terraço diante do Castelo. (Francisco está de sentinela. Bernardo vai até ele.)

BERNARDO: Quem está aí?

FRANCISCO: Sou eu quem pergunta! Alto, e diz quem vem!

BERNARDO: Viva o rei!

FRANCISCO: Bernardo?

BERNARDO: O próprio.

FRANCISCO: Chegou na exatidão de sua hora.

BERNARDO: Acabou de soar a meia – noite.

Vai pra tua cama, Francisco.

FRANCISCO: Muito obrigado por me render agora. Faz um frio mortal. Até meu coração está gelado.”

In Hamlet, de William Shakespeare, tradução de Millor Fernandes

 

Millôr Fernandes, consagrado como escritor e humorista, deixou-nos um legado primoroso em traduções de textos importantíssimos.

 

Desde cedo entendeu a dificuldade do ofício de tradutor e acreditava que uma tradução deveria ser não apenas lida, mas compreendida pelo leitor. Ao mesmo tempo em que é preciso ter o mais absoluto respeito pelo original, é preciso também ter o atrevimento de desrespeitá-lo, traí-lo para, assim, lhe ser mais fiel.

Segundo o site da editora LP&M, quando topou a empreitada de traduzir Shakespeare – um de seus reverenciados mestres –, Millôr não mediu esforços para adaptar as peças do escritor inglês, do período elisabetano, de forma a proporcionar ao leitor brasileiro contemporâneo uma leitura única.

 

A edição aqui indicada apresenta quatro dos maiores clássicos de William Shakespeare – A megera domada, As alegres matronas de Windsor, Hamlet e O Rei Lear, duas comédias e duas tragédias respectivamente – na célebre e cuidadosa tradução de Millôr Fernandes, que afirmava, com a perspicácia característica: “Sheikispir, sim, é que era bão: / só escrivia citação!”.

 

FONTE: site da editora LP&M

TRILHA

Shakespeare traduzido por Millor Fernandes (livro), por William Shakespeare e Millor Fernandes, LP&M editora

CRÔNICA

UMA FORMA NEBULOSA FEITA DE LUZ E DE SOMBRA. COMO UMA ESTRELA.

por Tuty Osório

Foto: EBC

Em janeiro de 1982 eu tinha 16 anos e assisti perplexa à terrível notícia da morte de Elis Regina. Senti como se fosse alguém da família, uma amiga muito íntima que me sabia de corpo e alma. E de certa forma era.

 

Elis influenciou gerações de jovens com sua alegria desabusada, seu charme espraiado em figurinos nada sutis, cortes de cabelo ousados, gargalhadas e choros expressos com desconcertante intensidade.

 

Tudo o que se disser dela é sabido, óbvio e sentido por todos. Sem nenhuma afinidade com a burrice, ela era e é uma unanimidade. Tragada pelo poço da angústia, foi-se sem termos tempo de dizer-lhe o quanto a amávamos e a amaríamos pela eternidade.

Quando Maria Rita começou a cantar tinha quem a achasse fisicamente parecida comigo, quando maquiada e com flores no cabelo. A mim também associavam o seu repertório, faceiro e sofisticado, em uníssona originalidade. Sentia-me lisonjeada e talvez nem correspondesse à realidade o que me diziam, mas era uma honra cogitarem-me parecida com a filha.

 

 Em 2012, quando fiz 47 anos, havia sido recentemente lançada uma biografia de Elis. A Pimentinha, como a chamavam por sua sinceridade e notória tendência a leves barracos, era descrita em episódios.

 

Histórias que tentavam revelá-la. Minhas filhas, à época com 16 e 8 anos, escolheram o livro como presente de aniversário e na dedicatória vinha a maior homenagem- chamavam-me de a nossa Pimentinha.

 

Mesmo considerando exagerada a comparação, apesar de eu ser uma criatura corajosa e por vezes um pouco barraqueira, foi uma das maiores emoções que senti na maternidade.

 

A biografia, de Regina Echeverria, O Furacão Elis, define-a como alguém que “rompeu com a prudência e se atirou ágil e rapidamente em seus desejos. Superou acusações, rótulos, cobranças. Confundiu, anarquizou, gritou e esperneou. Não levou desaforo para casa. Foi uma mutante especialíssima, uma mulher valente, uma artista excepcionalmente talentosa, e que como resumiu seu amigo Fernando Faro – morreu de inocência.”

TRILHA

5 biografias, na Estante Virtual

Toda a Música de Elis, no Youtube Music

SABEDORIAS E SAPIÊNCIAS

FÉ À BEIRA MAR

Por Mila Marques

foto: Celso Oliveira

Uma das minhas filhas treinava corrida, por isso saía de casa para encontrar os colegas de treino e o treinador, por volta das 5h da manhã.   Às vezes o sol ainda estava baixo, o dia timidamente querendo nascer. 

                          

 

Mas, saindo de casa, começava a clarear e à medida que nos aproximávamos do mar, o sol ia subindo e o dia estava ali, com toda a luminosidade, o azul incomparável do céu da minha cidade, harmonizando com o verde do mar.

                    

 

Naquele dia fui com ela. Tinha fraturado um joelho e na recuperação com fisioterapia, ainda não tinha sido permitida a caminhada. Foi, portanto, o primeiro, após longos dias de recuperação.

 

No calçadão, inúmeras pessoas caminhando, gente de todas as idades. Jovens, idosos, babás empurrando carrinhos de neném, aquelas pessoas que têm o bom hábito de fazer exercício antes do trabalho, enfim, todos aqueles que procuram uma boa qualidade de vida.

            

 

Minha filha saiu andando rápido para ir fazendo aquecimento até ao encontro com os outros, quando iniciaria a corrida. 

                              

 

Eu me lembro que fui indo muito devagar, respeitando as limitações inerentes ao meu joelho, olhando o mar e usufruindo da aragem fresca da manhã.

 

 

Agradecia a Deus pelo privilégio de morar num lugar assim.

    

 

O mar para mim é uma das forças da natureza que mais me cativa! Ao mesmo tempo que me assusta, me fascina! O barulho das ondas me acalma e me agita, e no quebrar e desmanchar das ondas, se espalhando em espuma branca na areia, encontro um espetáculo.

 

 

Por isso, um dia, vou querer virar Mar!!!

                                   

 

Ia andando, e admirando, muito emocionada, esse espetáculo contínuo, no ir e vir das ondas.            

 

A orla tem algumas reentrâncias, de longe tinha a sensação de entrar em atalhos e sempre regressar ao calçadão principal.

             

 

E de atalho em atalho, cheguei ao ponto onde minha filha ficou de me encontrar. Na praia, entre as rochas, estava sendo celebrada uma Missa de verdade, com um jovem padre e um grupo de católicos muito atentos, entregando a Deus as suas preces.

        

 

Me aproximei e me integrei ao grupo com toda a devoção. Muito simpáticos todos, no final serviram café com bolo e nos convidaram para participar, todos os primeiros sábados do mês. Muito agradável e uma boa maneira de começar o dia.        

           

Voltei para casa feliz, por ter conseguido, após tanto tempo, fazer aquela caminhada, ter estado tão próxima do mar que sempre me fortalece e ainda receber as bençãos de Deus!

 

Valeu a pena sair às 5 da manhã. Nem sempre é assim, mas no decorrer da vida, através de atalhos, conseguimos reencontrar o rumo principal.

 

 

O importante é nunca desistir e mesmo o mais simples momento, viver com intensidade e gratidão!!!

BACHIANAS E COMPANHIA

"¿HA PROBADO USTED UN PISCO SOUR?"

por Sérgio Pires

Que tal um Pisco Sour? O drinque mais típico do Peru.

 

Sommelier também é bartender, eu gosto de elaborar alguns drinques e coquetéis. Tenho a pretensão de me dedicar mais a fundo para conhecer melhor a coquetelaria clássica e a contemporânea e assim, quem sabe, me tornar um mixologista.

 

A bebida base deste coquetel é o pisco, um “espírito do vinho” obtido da destilação do vinho elaborado exclusivamente a partir da fermentação de uvas, possuindo 40% de graduação alcoólica. Não confunda o pisco com a grappa italiana ou a bagaceira de Portugal. Estas são destilados de fermentados do bagaço da uva.

 

Consta que o pisco é produzido no Peru desde 1574, sendo que os espanhóis começaram a utilizar o nome “pisco”, do idioma quechua, pré-hispânico, que significa “ave”, quando os monges da costa, da “Villa de Pisco”, fundada em 1640, iniciaram a sua produção.

 

O rei da Espanha, para incentivar a importação do vinho espanhol, proibiu no século XVII a produção de vinho na região que é hoje o Peru e o Chile.  Assim foi intensificada a produção do destilado, e logo o pisco se tornou rapidamente uma bebida popular.

 

Devido, principalmente, ao seu alto grau alcoólico.

 

Quando o assunto é a origem da bebida e a exclusividade de se usar o nome “pisco”, existe uma diferença histórica entre o Peru e o Chile.

 

Para os peruanos somente eles podem usar o nome “pisco”. Defendem que esse nome corresponde a uma denominação de origem, como a tequila para o México ou a cachaça para o Brasil. Já o Chile entende que “pisco” é um nome genérico como o do vinho ou o da vodka.

 

As principais variedades de uvas utilizadas no pisco peruano são: Quebranta, Uvina, Mollar e Negra para os piscos “não aromáticos”; e as Albilla, Itália, Moscatel e Torontel nos piscos “aromáticos”.

Já o pisco produzido no Chile possui o processo de destilação, componentes e grau alcoólico diferenciado em relação ao pisco peruano, além de ser elaborado com outras variedades de uva – a Moscatel a principal e, mais raramente, as Pedro Jiménez e Torontel.

 

Se o pisco já tem quase 450 anos de história, o coquetel Pisco Sour é bem mais novinho, tendo surgido, inspirado pelo Uísque Sour, nos anos vinte do século XX, no Bar Morris, na Rua Boza 847, em Jiron de la Unión, Lima, Peru.

 

O americano Víctor Morris, inaugurou seu bar em 1o. de abril de 1916, no centro de Lima, onde se reunia a nata da sociedade da época. Em fevereiro de 1919 Morris publicou no jornal La Prensa a seguinte frase “¿Ha probado usted un Pisco Sour?”. E o resto é história.

 

O pisco é uma bebida tão integrada à cultura peruana que até o escritor Vargas Llosa, que, declaradamente não o aprecia, já contabiliza mais de 100 citações ao pisco em suas obras.

 

São duas as datas comemorativas no calendário peruano. O Dia Nacional do Pisco Sour no primeiro sábado de fevereiro e o Dia del Pisco no quarto domingo de julho.

 

Existem quatro tipos de pisco:

 

PURO: Elaborado a partir de apenas uma variedade de uva. Pouco aromático, mas tem uma grande complexidade de sabores. É o mais indicado para a preparação do Pisco Sour.

ACHOLADO: elaborado a partir de um corte (blend) de diferentes tipos de uva.

 

MOSTO VERDE: elaborado com vinhos produzidos com a técnica da fermentação interrompida. Ou seja, antes que todo o açúcar seja totalmente transformado em álcool, a fermentação é interrompida. Por esta razão requer uma quantidade maior de uvas para que a bebida atinja o grau alcoólico mínimo exigido. O resultado é um pisco sutil, elegante, com muito corpo e de uma sensação aveludada.

 

AROMÁTICO: elaborado apenas com uvas aromáticas.

 

As receitas dos drinques sempre apresentam uma variação conforme a fonte.

 

Esta é a apresentada em diversos sites peruanos, como a receita herdeira da cultura e da estética da cidade de Lima de antigamente.

 

Receita e preparação do Pisco Sour

– 90 ou 120 ml de pisco Puro  

– 30 ml de suco de limão,

– adoce a gosto

– uma clara de ovo

– 4 cubos de gelo

Colocar todos os ingredientes em uma coqueteleira (ou liquidificador) e agitar vigorosamente por 15 segundos.

 

Em uma taça previamente gelada servir em três tempos, para evitar que se forme muita espuma.

Pingar três gotas de Angustura sobre a espuma.

 

Agora vou contar uma coisa bem pessoal, cometo um sacrilégio quando elaboro o Pisco Sour para mim. Não sei se já contei mais sou meio mole para os 40º. de álcool do pisco. Assim acrescento um pouco de água tônica ou água com gás para dar uma diluída e poder tomar mais de uma taça.

 

Quando planejamos a nossa viagem para o Peru fizemos uma reunião preliminar na casa da Madame P, tanto ela como a minha Madame E, se recusaram terminantemente a tomar o Pisco Sour com clara de ovo. “Está crua!!!”.

 

Então fiz duas jarras separadas do coquetel – a com e a sem a clara de ovo. Logo as meninas acabaram com a primeira jarra sem a clara e pediram outra. Esta secou mais rápido ainda, mas agora o pisco tinha acabado e a sede delas continuava, só restava o Pisco Sour com clara de ovo. E as Madames declararam “manda este negócio assim mesmo!”

 

Chegando em Lima fomos logo para Miraflores para tomarmos o nosso primeiro Pisco Sour local. E assim, admirando o oceano Pacífico, degustamos o primeiro de muitos.

 

Prometo que em uma próxima oportunidade falarei mais da Angostura, o bitter de Trinidad y Tobago. Não aprecio fazer promessas, sinto como se estivesse assumindo uma dívida.

 

Porém, o espaço para um texto de tamanho razoável, que não canse o leitor já foi ultrapassado.

TIRINHA

SÔNIA VALÉRIA, A CABULOSA

CREPÚSCULO

ABRA OS BRAÇOS PARA GUARDAR

Hilda Furacão. Enigma de novela escrita e filmada. Porque, escolheu a zona boemia? Ela, que tantas escolhas, teoricamente teria. Reza a lenda que virou revolucionária. Coisa que foi desde sempre. E nós, que zonas escolhemos? A que escolhas nos permitimos? Melhor ser pergunta que buscar resposta em vão. 

 

Obrigada por estarem com a gente até aqui.

Tuty e Trupe